linhas de produção. Suas propostas visam a descentralização para o ativismo ambiental, a reação pacífica, a melhora na distribuição social da renda e uma conduta ética em relação ao meio ambiente (need not greed, ou seja, uma economia verde voltada para as necessidades e não para o lucro). Foi também nesse ano que a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos realizou o primeiro estudo consistente sobre o aquecimento global, o assunto que se tornaria a maior obsessão de organizações não governamentais e governos a partir da década de 90. Complementando a amostragem, surgem na atualidade os eco-tecnicistas, cuja visão
reducionista, otimista e imobilista, acredita na solução dos problemas
ambientais através do desenvolvimento científico e da introdução de novas
técnicas. Com uma retórica positivista, incorrem numa visão fragmentada
e tecnicista, sem visão aprofundada do sentido holístico e ecológico da
natureza.

Neste meio tempo, foi criado o Jardim Botânico de Brasília, exatamente no epicentro da história da preservação na segunda metade do século, pouco antes do maior encontro ambiental realizado pela ONU: em 1985, grupos de pesquisadores e ambientalistas impulsionaram a reserva de uma área na capital do Brasil, um jardim ecológico feito de Cerrado, destinado a pesquisa e contemplação. Pouco depois, em junho de 1992, o país entrou definitivamente para a história do ambientalismo. Na Eco92, como é conhecida a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, discutiu-se biodiversidade, desertificação e mudanças climáticas. Surgiu ali também a Agenda 21, e o compromisso para que cada país elabore seu próprio plano de preservação do meio ambiente.
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a ECO 92, resultou em uma série de convenções, acordos e protocolos. Alguns destes não foram efetivados pelos países signatários, como o Protocolo de Kyoto. Na ocasião, 181 países concluíram ser necessária a redução da emissão de gases poluentes que contribuem para aumentar o calor na atmosfera. Como na época os limites não foram estabelecidos, foi marcada uma nova reunião, em 1997, em Kyoto (Japão). O resultado foi o protocolo assinado por 84 países, que atualmente conta com 31 ratificações. No protocolo de Kyoto foi estabelecido o compromisso dos países desenvolvidos de reduzir
em 5% suas emissões até o período de 2008-2010, tomando por base o ano de 1990. O Jardim Botânico de Brasília inaugurou neste período o Bosque Kyoto, com a presença de autoridades representativas dos países signitários e como um símbolo das intenções de redução da emissão de gases.
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