quinta-feira, 1 de julho de 2010

Tudo sobre Conservação da Biodiversidade - VII

Surgiu também a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Dos 175 países que assinaram a CDB, em 1992, no Rio de Janeiro, 168 confirmaram a disposição de respeitá-la, incluindo o Brasil. A CDB parte do pressuposto de que a biodiversidade deve ser uma preocupação comum da humanidade. A convenção estabelece objetivos a serem atingidos pelas partes, devendo cada país determinar como implantá-la para proteger e usar a sua biodiversidade. O alcance da CDB vai além da conservação e
utilização sustentável da diversidade biológica. Ela objetiva, também, a distribuição justa e eqüitativa dos benefícios gerados pelo seu uso. Várias ações têm sido desenvolvidas para se atender à CDB e conhecer melhor a biodiversidade, entre elas o fortalecimento de institutos de pesquisas. Uma vez que O Brasil é o considerado o país da "megadiversidade", por concentrar 20% das espécies conhecidas no mundo. O próximo grande encontro ambiental aconteceu dez anos depois, com a
RIO+10, Reunião Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável na qual governos de todo mundo, agências das Nações Unidas, instituições financeiras e outros atores encontraram-se em Johannesburg, África do Sul. O objetivo foi avaliar mudanças ocorridas nos dez anos passados desde a reunião do Rio de Janeiro, quando se reconheceu internacionalmente que a proteção do meio ambiente e o manejo dos recursos naturais precisam ser integrados com assuntos socioeconômicos como pobreza e
subdesenvolvimento. Algumas das conclusões atuais sobre conservacionismo indicam
que somente a utilização racional dos recursos naturais não basta. O conservacionismo é uma atitude necessária, mas insuficiente. Além do uso racional da natureza, isto é, pelo maior tempo possível e beneficiando o maior número de pessoas, é necessário também preservá-la, resguardá-la tal como ela ainda existe em certas áreas. Daí ter surgido a idéia de patrimônio cultural e ecológico da humanidade. São paisagens culturais ou obras de cultura que possuem um valor inestimável; por exemplo, um rico ecossistema, uma cidade ou um monumento que retratem ou simbolizem uma época ou uma civilização.



Com a industrialização e a chamada vida moderna, tudo se transforma, tudo é constantemente modificado em nome do “progresso”. As memórias do passado e a diversidade criada pela natureza são destruídas a cada dia. Não se respeita nem a História - as tradições e obras das gerações anteriores - nem a natureza (os ecossistemas em diversidade), para que as futuras gerações tenham uma idéia da riqueza do que foi produzido no planeta. Para que sobrevivam amostras de todos os valores produzidos pela natureza ou pela História, é necessário definir esses patrimônios, que são áreas consideras intocadas, protegidas, resguardadas contra a ambição do lucro do comércio. O estabelecimento de áreas tombadas ou protegidas
pelo poder público um avanço na defesa da natureza e das obras artísticas, rquitetônicas ou urbanísticas importantes do passado. Sem essa proteção, tais obras estariam condenadas à destruição para dar lucro a alguns. Em 2010, a Organização das Nações Unidas realizou a COP 15, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em Copenhague, Dinamarca. O encontro reuniu líderes mundiais para
discutir como reagir a mudanças como o aquecimento e foi precedido por um congresso científico, no qual cento e noventa e duas nações foram representadas. A reunião foi considerada pela imprensa mundial como uma conferência um tanto polêmica e que não atingiu os planos de discussão almejados devido à falta de cooperação de alguns dos países mais desenvolvidos. Muitos Jardins Botânicos e Reservas de todo o mundo são beneficiados por estes encontros, protocolos, movimentos e estratégias. Por meio
destes, o patrimônio natural e as pesquisas de fauna e flora ficam garantidos e resguardados. Os acordos também dão margem para a criação de verdadeiros laboratórios vivos dentro de cada unidade. No Jardim Botânico de Brasília, O Fórum de Biodiversidade das Américas, marcado para julho, será o marco da luta pela sustentabilidade. Recentemente, a Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia
– OTCA realizou encontro com representantes diplomáticos e a Organização das Nações Unidas – ONU elegeu o JBB como espaço representativo de encontros ambientais, ocasião que ficou marcada pela inauguração de um relógio de sol no Centro de Visitantes. A constante realização de encontros para construir um desenvolvimento social equitativo sem degradação e a propagação de práticas de simplicidade
voluntária são outros importantes atributos incluídos no trabalho da
equipe. Um outro aspecto fundamental dos programas gerais tem sido a inclusão,
em Planejamento Estratégico, da meta de criação de políticas públicas para a preservação da biodiversidade. Assim sendo, o Jardim Botânico de Brasília tem realizado importantes alianças, bem como marcado presença nas ações do Congresso Nacional e Parlamento do Mercosul.

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